Rio 28/11/10

Por volta das 8 horas de hoje a polícia deu início à invasão do Complexo do Alemão, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro. A ação teve início com a entrada de dois blindados da Marinha pilotados por fuzileiros navais com policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) em um dos acessos à Favela da Grota e foram recebidos com tiros. Os primeiros agentes a chegar na favela são atiradores de elite da corporação (snipers).

Cerca de 60 homens da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) já estão dentro da comunidade e uma guarnição do 6º Batalhão (Tijuca) iniciou a incursão para dar apoio à operação. Os agentes conseguiram tomar a localidade conhecida como Areal, parte central do complexo do Alemão. Estão mobilizados 800 soldados da Brigada de Infantaria Paraquedista do Exército, 300 agentes da Polícia Federal (PF) e 1,3 mil homens das polícias Militar e Civil e veículos do Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope), além de blindados do Exército e da Marinha.

O combate às milícias fica para um segundo momento, depois da instalação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Esse trabalho já deu seus primeiros passos na Vila Cruzeiro. A limpeza das vielas e acessos à favela teve início logo no dia seguinte à ocupação das forças públicas.

Na manhã de ontem, o Bope, auxiliado pelos blindados e com apoio de militares das Forças Armadas, avançaram sobre o conjunto de favelas. No final da tarde venceu o prazo dado pelo Comando da PM para os traficantes se entregarem. Dentre os poucos que se apresentaram, está Diego Raimundo da Silva dos Santos, conhecido como "Mr M", que foi convencido pela mãe e por pastores a se entregar.

No final da noite de sábado, os policiais do Bope, equipados com óculos de visão noturna, aguardavam a decisão da Secretaria de Segurança Pública para invadir a comunidade.

Desde o início dos ataques, no domingo, 21, 38 pessoas morreram em confrontos no Rio de Janeiro.